Adote um cão salve uma vida!!!

Adote um cão salve uma vida!!!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A paixão pelos bichanos neste mundo cão Cachorros podem até dominar as preferências do ranking dos animais de estimação, mas os gatos têm conquistado de mansinho os corações de quem procura por um pet Desde que se entende por gente, Luciana diz que os gatos fazem parte de sua vida. Hoje ela tem a Pedrita Meu cachorro viveu com a gente por 17 anos. Depois que ele morreu, ninguém queria mais saber de bicho lá em casa. Até que minha mãe, num gesto de compaixão, resgatou um gatinho magricela da chuva e do alvo dos meninos levados que tentavam acertar pedras nele. Petit chegou todo sarnento e machucado. E confesso que no primeiro momento, nem quis saber muito dele. Para mim, todos os felinos eram seres que avançavam com enormes garras em quem se metesse a besta. Mas o gato conquistou todo mundo. Até meu falecido pai, avesso a bichos. Na primeira noite, nem foi preciso ensinar. Ele fez as necessidades direitinho na areia e, aos poucos, foi tomando porte de lorde, com seus longos pelos brancos e expressivos olhos azuis. Enfim, foi derrubando todos os preconceitos para se tornar de vez o xodó da casa. É assim, devagar mas com eficiência, que os gatos arrebatam corações. Tanto que eles já são 10 dos 50 milhões de animais de estimação que habitam os lares brasileiros. E esse número não para de crescer. Chega a 8% ao ano – o dobro relativo ao dos cachorros. Da independência à higiene características, várias razões justificam esse aumento. Em espaços cada vez mais apertados e em tempos cada vez mais “curtos” (inclusive para levar o pet para passear), o gato se encaixa melhor nesse perfil que se torna mais comum entre os brasileiros. O que não quer dizer que essa relação seja tão fria assim. “Ao contrário do que muitos pensam, o gato se apega sim ao dono e pode entrar em depressão com a ausência dele”, alerta a médica veterinária Tâmara Jaretta, da Gatomania, clínica exclusiva para felinos. De preconceitos, os gatos estão rodeados. Desde a Idade Média, aliás, quando eram considerados agentes de Satã e aliados das bruxas. Eram até queimados na fogueira como elas. E essa fama, de azarados, instalou-se e permanece até hoje. “Para se ter uma ideia, temos muitos problemas principalmente com rejeição aos gatos pretos”, destaca Cristiany Zanotti, do grupo Adoção Gatinhos da Ufes. Até na ficção, o preconceito existe. “Nos desenhos animados, a imagem dos gatos é a pior. É assim com o Frajola e com o Tom, para citar dois”, revolta-se a professora Luciana Alves, 35 anos. Apaixonada por felinos, ela nasceu e cresceu no meio deles. “Desde que me entendo por gente, há gatos na minha casa”, conta ela que hoje morre de amores por Pedrita, uma persa de 11 anos e 6 meses. Se bem que, desde que Luciana se casou e mudou, teve que deixar a gata na casa da mãe. Mas todos os dias, sem falta, passa por lá para visitar as duas. “Quando não vou, a gata fica chateada comigo, me ignora, só vendo”. Ivana sempre alimentou a velha imagem dos gatos, de mal-humorados e arranhadores, mas hoje ama Jorge, um fofo gatinho preto A separação não foi fácil, mas Luciana não teve coragem de carregar a gata. “Ela ajudou minha mãe a superar o luto”, pondera. Cheia de cuidados e chamegos, a gata também já se tornou a verdadeira “rainha do lar” por ali. Aprontar mesmo, só uma vez quando caiu do segundo andar e disparou rua afora. “Fui resgatá-la a algumas quadras, de camisola”, lembra a professora que está à procura de outro gato para chamar de seu. “Eles são delicados, superssensíveis e respondem ao amor em dobro”, derrete-se. Nesse e em outros quesitos, cachorros sempre levaram vantagem. Domesticados há mais tempo, ganharam vantagem no conhecimento de suas características. Talvez por isso, ainda se ache que gatos surtem com a lua e saem loucos por aí ou que sejam traiçoeiros. “Eles não são nem um pouco falsos”, defende a professora Renata Domingos, 31 anos. E ela tem propriedade para falar. Já teve 20 de uma vez. E, além dos três felinos que moram com ela hoje em dia em Colatina, Renata tem outros três cachorros, vivendo em perfeita harmonia. Talvez por isso, entenda bem da personalidade de ambos. “Gatos são como adultos, cachorros são crianças”, resume ela, que trabalha com adoção na Faculdade Unesc. Não dá, portanto, para esperar que gatos ajam como cachorros e vice-versa. E, observando bem, é possível se apaixonar até pelas mais “temidas” características. “Eu adoro esse instinto caçador do gato, essa autossuficiência em buscar comida e em receber carinho quando ele quer”, elogia Renata que, além de ajudar muitos filhotes abandonados, não vive mais sem nenhum dos dois. “Amor sincero igual ao deles, não há”. E amor assim não vê aparência. Que o diga a decoradora Penha Federici, 52 anos. Ela, assim como Renata, tem a casa repleta dos dois, cães e gatos. Todos adotados e selecionados “a dedo”. “Eu escolho os mais machucados e deficientes”, faz questão de dizer a dona de dois cachorros e dois bichanos. E por curiosidade, Viviane, um dos bichanos, na verdade, é macho. “Quando descobrimos, ele já atendia pelo nome”, ri. O outro se chama Josh. Josh, por exemplo, teve a clavícula e uma das patas amputadas. Já Tico, o cachorro fox paulistinha, foi esfaqueado, escaldado e passou por seis cirurgias. “De tanto andarem juntos, Josh adquiriu hábitos caninos. Quer comer na mesma hora, vestir roupinha como eles e só fica por perto”. É verdade que a boa convivência de hoje foi conquistada aos poucos. Quando Sand (a poodle de 5 anos) chegou, por exemplo, Viviane sumiu. “Rodei as proximidades todas mas ele ficou sumido durante 15 dias”. Tempos depois, os filhotes da cadela estavam até “mamando” no gato. “Eles se acomodam no sofá, cada um no seu lugar, e me “chamam” no escritório para eu me juntar a eles”. Renata Domingos tem tanto felinos como cachorros. E todos se dão superbem Em busca de um lar Um lar seguro como esse é o que muitos felinos merecem. Mas nem sempre é assim. Pelo caráter caçador, muitos gatos domesticados frequentam a rua onde correm risco de atropelamentos e, na pior e recorrente hipótese, envenenamentos. “Por causa dos traumas, a adoção requer sempre um cuidado para que o lar seja adequado para eles. Geralmente, há um período de adaptação para que a pessoa tenha certeza”, explica Cristiany Zanotti, do Adoção Gatinhos da Ufes. Quando Jorge, um fofo gatinho preto, chegou à casa da arquiteta Ivana Marques, não se sabe quem tinha mais medo. “No primeiro dia ele não saiu debaixo da cama e eu achei ótimo porque estava muito mais aterrorizada do que ele”, lembra Ivana que sempre alimentou a velha imagem dos gatos, de mal-humorados e arranhadores. Na verdade, sabia pouco sobre eles e, em contato com amigos na Ufes, especialmente em visita à casa de uma amiga “vi cenas de interação engraçadíssimas e que achava impossível de acontecerem com gatos. Naquele momento tive vontade de roubar um deles e levar pra casa. Entendi que a culpa é muito mais da gente que tem milhares de preconceitos do que dos pobres bichinhos que estão ali, cheios de carinho e afeto pra trocar”. E era assim que Jorge estava. Retirado de dentro do motor de um carro, ele foi encontrado queimado das orelhas às patas. Miúdo, conquistou Ivana na primeira lambida. E hoje, com pelos longos e lindos olhos amarelados, é o rei do espaço. “Não imagino essa casa sem ele por perto mais”. Desse poder de conquista, também experimentou o economista Anderson Colodetti, 37 anos. Na casa dele sempre reinaram os pássaros. Então, já viu, o gato era inimigo número um. Mas os bichanos resolveram cruzar o seu caminho. Primeiro na casa onde morou nos Estados Unidos, depois na da namorada, que tinha um. E ele não resistiu. “Um dia, estávamos chegando em casa quando vimos uma gatinha sem uma pata. Fiquei com pena e levei para dentro. A Preta acabou ficando com a gente e deu cria. Hoje são três e elas vivem atrás de mim”, conta Anderson que interage com as gatas tal como cachorro. “Eu assobio e elas vêm”. Mas, se deixar também, são elas é que acabam condicionando ele. “Com a comida, isso acontece muito. Elas miam, a gente põe e pronto começa a fazer toda hora. Mas eu tenho colocado a ração no mesmo horário para não acontecer”. De resto, é só curtir que gato, assim como cachorro, também é tudo de bom. “Eles não reclamam, não latem, é uma maravilha”. Eles também precisam de cuidados especiais Independência É verdade que gatos são menos dependentes que cachorros, mas nada de deixá-los em casa sozinhos para viajar. “Gatos são dependentes dos donos em relação a carinho e comida. Não adianta pensar que eles vão caçar comida se ficarem sozinhos. E, além do mais, barata não é comida”, alerta a médica veterinária Tâmara Jaretta. Toxoplasmose A doença tem geralmente como causa o consumo de carne mal cozida pelo gato e em casos mais remotos decorrente de alguma “caça”. “O toxoplasma é eliminado nas fezes que só contaminarão o ambiente depois de 24 horas. Mesmo assim, é preciso ingerí-las para causar a contaminação”, explica a médica. Adestramento Assim como todos os animais, o gato é sim passível de adestramento. Mas, segundo o adestrador Mateus Marina, da Adestra Vitoria, a prática esbarra na própria natureza do bicho. “É contra o próprio instinto do gato. Com o cachorro, o adestramento limita o espaço e faz com que ele obedeça. Já o gato, foge, se esconde. Considerando que muitas vezes a vida do gato é curta, por causa dos riscos nas ruas, acaba não sendo ideal”, explica. Mesmo assim, ele ressalta que em muitos casos, como a higiene, o adestramento é “natural”. “A gata lambe a cria, come o cordão, faz toda a higienização”. De qualquer forma, é possível ensinar alguns truques aos gatos, como alguns vídeos mostram na internet. “Todo animal pode aprender”, garante. Sete vidas Olhando assim, eles parecem invencíveis. Mas os gatos têm seus pontos fracos. Um deles é a água. “Cerca de 30% dos gatos não gostam de beber líquido. A indicação é estimular o consumo com fontes artificiais, patês (que são ricos em água) ou até seringas diretamente na boca do animal”, sugere a veterinária Tâmara Jaretta. Por causa desse problema, as doenças mais comuns nos bichanos são as renais. Mas também há outras como diabetes e hipertireoidismo. Castração É indicada sim a partir dos seis meses de vida ou antes do primeiro cio, no caso das fêmeas. E os remédios anticoncepcionais são contraindicados, segundo Tâmara. “Uma vez administrado à medicação há risco de 95 a 98% de desenvolvimento de tumores de mama”, alerta. Isso evita também que eles façam xixi pela casa para demarcar o território (assim como fazem quando esfregam a cara nos objetos e “afofam” o local onde vão se deitar, espalhando feromônio) Resposta Acusados de “frios” os gatos passam longe disso. A resposta não é como a dos cachorros, mas quem tem um sabe que eles são muito interativos mandando sinais e até desenvolvendo-os na convivência. Para entendê-los, basta observar. O rabo, por exemplo, pode demonstrar da alegria (erguido) ao medo (baixo), da animação (balançando leve) à agressividade (balançando rápido). Fonte: A Gazeta

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